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Estados Unidos em luto por Ruth Bader Ginsburg

Hello miga, como você está? Hoje vamos conversar sobre um assunto triste que aconteceu por aqui, mas quero aproveitar para te contar os grandes feitos dessa mulher que fez história na América do Norte. Infelizmente, no último dia 18 de setembro, a Juíza Ruth Bader Ginsburg faleceu aos 87 anos em razão de um câncer. A Justiça dos Estados Unidos decretou luto oficial pela morte dela, a segunda mulher a compor a Suprema Corte americana. Ela lutou pelos direitos das mulheres no país e mostrou muita coerência em suas decisões. Então, vamos lá!

Juíza Ruth Bader Ginsburg dizendo: E nós estamos aqui certamente para ficar.
Juíza Ruth Bader Ginsburg dizendo: E nós estamos aqui certamente para ficar.

Quem foi Ruth Bader Ginsburg

Apesar de ter sido registrada como Joan Ruth Bader, seus pais começaram a chamá-la pelo segundo nome, pelo qual ela ficou conhecida. Nascida e criada no Brooklyn, em New York, no ano de 1933, ela era filha de Nathan Bader, imigrante judeu, e Celia Amster, cidadã americana também descendente de judeus. Em razão disso, ela frequentou o Centro Judaico, o que a possibilitou aprender os princípios judaicos e o hebraico.

Aos 17 anos, ingressou na Universidade de Cornell, em New York, onde conheceu seu marido, Martin Ginsburg. Posteriormente, eles se casaram em 1954 e tiveram 2 filhos, Jane e James. Seu marido faleceu em 2010, com 78 anos. Ele foi o maior apoiador de sua carreira e não mediu esforços para que ela chegasse onde chegou.

Ginsburg: "Lute pelas coisas de que gosta, mas faça isso de uma forma que leve outras pessoas a se juntarem a você"
Ginsburg: “Lute pelas coisas de que gosta, mas faça isso de uma forma que leve outras pessoas a se juntarem a você”

Vida profissional de Ruth Bader Ginsburg

A juíza Ruth ingressou na Faculdade de Direito na Universidade de Harvard, pela curiosidade de conhecer mais sobre a profissão do marido. Posteriormente ela se transferiu e se graduou como bacharel em Direito, em primeiro lugar da turma, na Universidade de Columbia em 1962.

No entanto, em razão de ser mulher, mesmo graduada em Direito, não conseguiu emprego em New York. Por causa disso, trabalhou como escrevente no gabinete do Juiz Federal Edmund L. Palmieri. Após isso, retomou os estudos, dessa vez para aprimorar seus conhecimentos em direito processual civil comparado. Como resultado desse estudo, Ruth teve a oportunidade de passar um tempo na Universidade de Lund, na Suécia, onde viu de perto a luta pela igualdade de gênero, luta essa que guiou sua jornada profissional.

Posteriormente, após muitos episódios de sua jornada profissional, em 1972 Ruth Bader Ginsburg co-fundou o Projeto dos Direitos da Mulheres, instituído pela União Americana pelas Liberdades Civis.

Passados treze anos, o presidente Bill Clinton indicou Ruth Bader Ginsburg para a função de Associate Justice da Suprema Corte dos Estados Unidos. Ela tomou posse do cargo em 10 de Agosto de 1993. Adotando a vertente liberal, foi se tornando notável por discordar dos demais juízes conservadores em assuntos polêmicos de igualdade de gênero e direito das minorias.

Popularidade de RBG nos Estados Unidos

Como resultado, Ruth Ginsberg se tornou um ícone popular para os americanos de esquerda, liberais, por defender a igualdade de gênero. Feminista que fala, né, miga? Pessoas se fantasiam como ela no Halloween, produtos são personalizados com seu rosto, tem até um filme de Hollywood inspirado na sua história, um documentário sobre sua história e uma série de celebração de sua vida.

Assim também, Ruth ficou conhecida como RBG, e marcou toda uma juventude por usar um colar específico toda vez que daria um pronunciamento de voto à favor e outro colar específico quando o voto era em oposição aos demais juízes. Além das luvas de renda que se tornaram sua marca registrada.

O que a morte de Ruth Bader Ginsburg ocasionou no país

Como resultado, no dia 23 de setembro, os Estados Unidos iniciaram 3 dias de homenagens para a despedida da Juíza progressista.

A juíza foi a primeira mulher na história dos Estados Unidos velada com honras de estado no Capitólio, o prédio do Congresso americano.

Recentemente, Ruth falou que não se aposentaria enquanto Donald Trump fosse o presidente dos Estados Unidos, pois ela sabia que sua vaga poderia ser preenchida por algum juiz conservador, indicado por ele, fortalecendo a parcela republicana do tribunal. Agora, republicanos e democratas estão em um confronto ainda maior, em plena campanha eleitoral, para o preenchimento dessa vaga na Suprema Corte Americana.

Nesse sentido, Trump já se manifestou demonstrando seu interesse em nomear um novo juiz para ocupar a vaga de Ruth Bader Ginsburg, enquanto os republicanos estão no poder. E claro, para contar pontinhos para as eleição que estão se aproximando, ele anunciou que o novo nomeado provavelmente será uma mulher.

Uma estátua para Ruth Bader Ginsburg

Além disso, ela será homenageada com uma estátua, no Brooklyn, bairro de New York, onde nasceu e cresceu.

“A juíza Ruth Bader Ginsburg buscou a justiça e a verdade de forma altruísta em um mundo dividido, dando voz a quem não tinha e elevando aqueles que eram deixados de lado por forças de ódio e indiferença. Como advogada, jurista e professora, ela redefiniu a equidade de gênero e os direitos civis e garantiu que os EUA estivessem à altura dos seus ideais – ela era uma figura monumental de equidade e todos podemos concordar que ela merece um monumento em sua homenagem. Ela persistiu, apesar dos diversos episódios de câncer e estava presente todos os dias para participar do fortalecimento e da preservação da nossa democracia.” – disse Andrew Cuomo, governador do estado de Nova York, que anunciou sobre a construção da estátua.

Juntamente com, “Seus 27 anos na Corte remodelaram nossa compreensão dos princípios básicos de igualdade e justiça. Ao mesmo tempo em que a família de Nova York está de luto pela morte da juíza Ginsburg, lembramos com orgulho de que ela começou sua incrível jornada bem aqui, no Brooklyn. Seu legado sobreviverá no progresso que ela criou para nossa sociedade e essa estátua será uma lembrança física de suas várias contribuições aos EUA que conhecemos hoje e será uma inspiração para aqueles que continuarão o trabalho a partir de seu imenso escopo de realizações por gerações”.

Quem foi a escolhida por Trump?

Logo depois, Trump escolheu e indicou a pessoa a ocupar o cargo de Ruth. Amy Coney Barrett foi indicada uma semana após a morte da juíza RBG e a menos de 40 dias das eleições.

Mãe de 7 filhos, original de South Bend, no Estado de Indiana (onde eu moro atualmente), católica, conservadora, tradicional, contra o aborto, ela vai no viés totalmente contrário ao de Ruth. Se o Senado aprovar a indicação de Amy, o equilíbrio entre conservadores e liberais acabará na casa.

“Agora, Trump pode tentar confirmar o nome de Barrett antes do dia das eleições, o que seria uma votação em velocidade recorde em relação às anteriores, ou usar a pendência de aprovação como forma de estimular os eleitores a garantirem não apenas a sua reeleição, como a maioria republicana no Senado. Se falhar em algum dos intentos, no entanto, ele arrisca perder a possibilidade de indicar mais um nome conservador à Suprema Corte” segundo BBC News.

Definitivamente, vamos seguir acompanhando e te informando sobre tudo aqui no blog!

Que mulher inspiradora!

Portanto, para finalizar esse post sobre essa mulher inspiradora, segue uma de suas frases mais bonitas, na minha opinião:

À medida que as mulheres alcançam o poder, as barreiras caem. À medida que a sociedade vê o que as mulheres podem fazer, à medida que as mulheres veem o que as mulheres podem fazer, haverá mais mulheres fazendo coisas, e todos nos beneficiaremos disso.

Enfim, emocionante, né, miga?

Se quiser ler meus outros posts sobre os Estados Unidos, deixe um comentário pra eu saber o que você achou.

Bye, bye, miga! I see you soon!

Graduada em Direito no Brasil, se mudou para os Estados Unidos há quase 3 anos onde vive com o marido e o filho, faz Mestrado em Tecnologia da Informação e empreende no ramo de e-commerce. Ama compartilhar o dia a dia como mãe e a vida na gringa.

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