Setembro Amarelo: de Moving Girls para Moving Girls
Oficialmente, o dia 10 de setembro marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas nós, Moving Girls, queremos deixar claro que a importância dessa data deve ser lembrada sempre. Por isso, lançamos aqui uma campanha especial que une empatia e ajuda mútua entre todas nós. Como eu já falei por aqui: “não existe um negócio saudável sem uma empreendedora saudável”, você precisa dar atenção à sua saúde mental. Para te ajudar nisso surgiu o projeto “Setembro Amarelo Moving Girls”, com uma série de vídeos de experiências de Moving Girls reais, empreendedoras, cada uma compartilhando um pouquinho da sua história e das suas experiências pessoais relacionadas à saúde mental e empreenderismo para ajudar outras Moving Girls.
Se você está em um momento muito sensível, alguns desses vídeos podem ser gatilho em você e pode ser melhor assistir em outro momento, junto com alguém ou não assistir.
Ana Laura
A Ana deu o pontapé inicial nesse Setembro Amarelo. Ela compartilhou que a sua rotina louca (como ela mesma fala) de empreendedora começou muito cedo, e por um tempo isso funcionou. Mas o corpo começou a pedir socorro e além de ficar doente com frequência, as crises de ansiedade começaram, logo em seguida tudo explodiu.
A Ana também compartilhou algumas lições que a ajudaram a cuidar mais de si, como a terapia, uma rotina mais equilibrada, o autoconhecimento e definir limites.
“Eu não precisava esperar dar uma crise louca pra eu procurar esses profissionais, eu poderia ter evitado muitas coisas”.
Então, escuta o recado da Ana: não espera tudo sair do controle pra procurar ajuda profissional.
Ana Carolina
A Ana deu uma dica maravilhosa: não procure suas respostas no Google e muito menos tente aplicar todas as dicas que você vê por aí de uma vez só. Seu caminho é único. Ela compartilhou também um pouquinho sobre a ansiedade e como as técnicas de respiração são uma ótima ferramenta pra lidar melhor com esses momentos.
“Entender que está tudo bem viver esse momento é o essencial pra você ficar bem”.
Essa é a base das práticas de Mindfulness/Atenção Plena, é estar presente no presente. Então, vale a pena conhecer mais sobre elas e praticar.
Astrid
A Astrid compartilhou um pouquinho sobre como é ter TDAH (Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade) e todo o caminho que ela percorreu até aqui.
“Não é linear, é uma montanha russa”.
As nossas emoções não são lineares, o objetivo não é parar de sentir ou estar estática. Vai ter dias mais felizes e dias mais deprimidos. Aprender a reconhecer essas mudanças e saber como lidar com elas vai fazer toda a diferença.
“Quando eu cedi para a terapia, para ok, meu cérebro funciona diferente, o que eu posso fazer por mim? Parece que minha vida mudou da água pro vinho”.
É isso miga, para e pensa: o que você pode fazer por você?
Lara
A Lara é uma das vozes por trás do podcast da Dominação Mundial Diária junto com a Camila. Nesse projeto, ela contou sobre como a sua carreira, em especial no jornalismo, afetou sua saúde mental.
“A gente precisa falar sobre excessos”.
O excesso de trabalho foi um dos principais pontos que afetou a vida da Lara, assim como a vida de várias outras Moving Girls, até que chegou naquele momento em que ela precisou escolher entre ela mesma e o trabalho, como ela fala. É importante buscar constantemente o equilíbrio no seu foco: saúde, trabalho, amizades, família, lazer… e principalmente autocuidado. Se você não fizer essas escolhas, em algum momento teu corpo vai fazer por você, desenvolvendo Burnout e te obrigando a parar. Não espere chegar nesse ponto.
Thalassa
“Todas as decisões que a gente toma estão baseadas no autoconhecimento. A gente não tem como ter uma tomada de decisão se a gente não se conhece, se a gente não sabe pra onde a gente está indo, e não é uma resposta que você consegue buscar fora”.
Thalassa arrasou no papo sobre autoconhecimento e como ele é fundamental no seu dia a dia. Olhar pra si e conhecer como você funciona, como suas emoções aparecem, reconhecer seus limites e necessidades. A partir do momento em que você se conhece, fica mais fácil conviver e ser gentil com você mesma, afinal você está com você o tempo todo. Ela também compartilhou sobre como trabalhar online tem impacto na sua saúde mental, pois sempre tem alguém querendo sua atenção. O volume de informações é tão grande e o ritmo é tão acelerado que é humanamente impossível acompanhar, então pare de tentar.
Nathalia
A Nath reforçou que mudar muitas vezes é difícil, afinal reconhecer que a forma como estamos vivendo não faz bem e exercitar a autorresponsabilidade em relação à nossa saúde mental é um processo que não é simples.
“Hoje em dia eu ainda estou trabalhando nesse processo, mas acredito que muito melhor do que antes”.
Cuidar da saúde mental não é um lugar em que você chega, é um caminho pelo qual você tá sempre andando, um passo por vez. Ela precisa da sua atenção constante, são só durante o Setembro Amarelo.
“Eu preciso de ajuda”
Uma fala comum de todas as migas foram frases como “eu queria ter procurado ajuda antes”, ou seja miga, não espera.
O atendimento psicológico e o atendimento psiquiátrico são as principais formas de ajuda. O Instagram é um meio de conhecer o profissional antes de agendar o atendimento, se você se sentir mais confortável dessa forma. Se você não tem condições de pagar nesse momento, é importante saber que existem formas gratuitas ou com valor reduzido:
- Através do SUS, buscando a unidade de saúde mais próxima;
- Algumas universidades e instituições de ensino superior geralmente oferecem esse serviço;
- ONG’s;
- Alguns psicólogos oferecem horários específicos para atendimentos com valor reduzido (atendimento social).
O CVV (Centro de Valorização da Vida) tem várias opções de contato gratuitas, com total sigilo e que funcionam 24h por dia, como telefone (188), chat online ou email.
Eu quero ajudar
Um recadinho meu também pra você que quer ajudar alguém:
Em suma, você não precisa se responsabilizar pela situação atual de alguém próximo, você não precisa se disponibilizar se você não se sente preparada pra isso. Algumas formas de ajudar são orientar a busca por tratamento, indicar profissionais qualificados, estar junto e repassar outras formas de apoio, como o contato do CVV ou encaminhar esse post pra alguém que precisa.
É comum a tendência ao isolamento tanto em casos de depressão quanto burnout, por exemplo. Portanto, estar junto já é uma ótima forma de suporte mútua: você se ajuda e ajuda a pessoa próxima.
Outra forma de ajudar é evitar frases como “isso é frescura”, diminuindo o que o outro sente. Nesse sentido, troque o “nossa, ela está sorrindo nem parece que tem depressão” por “que bom que ela parece estar melhor”. O preconceito com os transtornos mentais é comum e, às vezes, você pode estar contribuindo para ele sem perceber.
Facilitar o acesso à informação e mostrar que falar sobre saúde mental é assunto para todo mundo, não só no Setembro Amarelo, já são formas incríveis de descomplicar esse caminho.
Vale muito a pena acompanhar todo o projeto Setembro Amarelo Moving Girls. Todos os vídeos com os depoimentos estão disponíveis no IGTV da Moving. Aconteceu também um bate papo sobre saúde mental no episódio #44 do podcast Dominação Mundial Diária, disponível em várias plataformas como Spotify, Deezer e Google Podcasts.
Pra finalizar eu deixo aqui 3 recados:
- Não espera tudo desmoronar para buscar ajuda profissional;
- Você não está sozinha, procure sua rede de apoio;
- E a minha despedida de sempre: Se cuida, miga ❤️
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