Kathleen Krüger, a Moving Girl por trás da equipe campeã da Champions League
O Bayern de Munique, campeão da Champions League, tem uma mulher envolvida em todo esse sucesso: Kathleen Krüger, a mulher por trás da equipe campeã da Champions.
Kathleen é ex-jogadora da equipe feminina do Bayern. Entrou para a divisão aos 18 anos, em 2003. Porém, aos 24 anos decidiu se afastar da carreira esportista por considerar que o retorno financeiro não era satisfatório: “Parei de jogar porque demandava um esforço enorme por trocados e, além de jogar, todas nós estudávamos e trabalhávamos”, ela contou. Assim, estudou Gestão Internacional, mas a paixão pelo futebol e pelo time continuou presente em sua vida.
De assistente à mulher mais poderosa da equipe campeã da Champions
Seja como for, no Bayern de Munique as coisas funcionam como numa grande família. É natural por lá que ex-jogadores continuem presentes no clube em outros cargos, em outros setores. Assim, o Bayern considera que essa é uma boa maneira que manter a conexão com os apaixonados pelo time e garantir o desenvolvimento dos atletas por gerações. Foi exatamente assim que aconteceu com a nossa Moving Girl.
Dessa maneira, em 2009, logo que Christian Nerlinger assumiu o cargo de diretor esportivo do clube, fez à Kathleen o convite para ser sua assistente: “Fiz um contrato de experiência de três meses e consegui o emprego”, ela lembra. E completa:
“Sempre quis trabalhar no esporte, mas eu era muito realista desde o início. Eu sabia que o ramo era bastante atraente e que havia poucos empregos para muitos candidatos. Poder trabalhar com esporte e no meu clube, é como ganhar na loteria.”
Logo depois, já em 2012, um momento tenso pôs sob risco o cargo da diretoria. Nesse momento, o treinador Jupp Heynckes ameaçou se demitir caso ela deixasse o clube. Christian deixou o cargo nesse mesmo ano e Matthias Sammer assumiu o cargo de diretor. Mas, Kathleen ficou e um dos resultados dessa agitação foi a sua promoção à gerente geral da equipe. Um cargo de extrema importância, responsável pela ligação entre diretoria e jogadores: “É ela que mantém a equipe unida, não importa que problemas possamos encontrar”, diz Thomas Muller, atacante do Bayern de Munique.
Importância para o time
É responsabilidade dela toda a parte organizacional que envolvam os jogadores. Desde os treinos, às viagens, enfim, tudo passa por ela. Krüger tem a sua sala no centro de treinamento do Bayern e mantém uma relação próxima e de muito aconselhamento aos jogadores. Como ex-jogadora, ela é quem mais entende o ponto de vista deles. “Desde o início eu passei meu tempo com os jogadores e tento ver pela perspectiva deles, mas também pela perspectiva do treinador e médicos”, ela reconhece.
Quando questionada se faz alguma diferença ser uma mulher, num espaço majoritariamente masculino, ela diz que isso não é um problema: “Todos temos o mesmo objetivo que é ser profissional no nosso trabalho e ter sucesso, isso é o que importa”, diz ela. E apesar dos desafios, Kathleen não tem queixas: “Eu nunca reclamo do meu trabalho. Eu amo demais o que faço”, comemora.
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