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Homecoming: Beyoncé afirma a importância da representatividade em documentário da Netflix

Não é novidade para ninguém que a Netflix nos agraciou com “Homecoming”, documentário sobre a apresentação de Beyoncé no festival Coachella, mostrando sua trajetória e os bastidores.
Se assim como eu, você também surtou assistindo ao show da Beyoncé, então vou te mostrar o porquê essa produção foi tão importante.

Representatividade

Primeiramente precisamos enfatizar que o documentário foi escrito, produzido e dirigido pela própria Beyoncé. Perfeita, né?

Desde que anunciada como atração principal do evento, foi gerada uma grande expectativa sobre o que nossa rainha faria. O festival conta com mais de 20 anos de história, e nunca trouxe um mulher negra como atração principal. Sendo a primeira, ela quis registrar toda a sua representatividade.

Nos dois fins de semana em que ela se apresentou, Bey contou com dançarinos e uma fanfarra compostos exclusivamente por negros. Ela queria mostrar sua cultura ao mundo e fazer com que os negros se sentissem representados.

Beyoncé Homecoming Coachella Netflix
Beyoncé e sua fanfarra no festival Coachella. Fonte: Reprodução Netflix

Homecoming: o conceito

“Homecoming” é especificadamente inspirado nas HBCU (faculdades e universidades historicamente negras), que na época da segregação dos EUA (antes da assinatura da lei dos direitos civis em 1964) servia a comunidade afro-americana. Beyoncé conta que nunca foi à faculdade, mas que se tivesse ido, gostaria que fosse uma HBCU.

É necessário ressaltar a importância de ter uma artista mundialmente conhecida abordando assuntos do tipo. Principalmente em um festival tão grande, onde várias pessoas se sentirão representadas, ainda mais mostrando um lado pouco conhecido, com limitações, tristezas e sacrifícios.

A mamãe Beyoncé

Você sabia que na verdade Beyoncé iria se apresentar no festival em 2017? Devido à gravidez inesperada dos gêmeos Rumi e Sir, o show precisou ser adiado.

Como ela começou a ensaiar apenas 2 meses após o nascimento dos gêmeos, conseguimos enxergar esse lado materno da Bey, que mesmo tendo que trabalhar muito para esse show, sempre se manteve presente não só para Rumi e Sir, mas também para Blue Ivy, sua filha mais velha. Por ser reservada, muitas pessoas ficaram surpresas com a aparição dos filhos. Ou seja, Beyoncé é gente como a gente, tá?

Beyoncé Blue Ivy
Beyoncé e sua filha mais velha Blue Ivy nos bastidores. Fonte: Reprodução Netflix

Bastidores e apresentação

No documentário de mais de 2 horas, conseguimos ver toda a dedicação de Beyoncé, as dietas que ela fez para emagrecer e ter mais energia, as muitas horas de ensaio com seus dançarinos e os poucos meses para organizar e sincronizar todo o show.
Houve muitos sacrifícios – vários momentos ela reclama que está com fome e quer ficar com seus filhos -, mostrando que muitas vezes é preciso abrir mão das suas vontades em prol de um objetivo maior. Além de todo o sacríficio, ela também colocou muito carinho, dedicação e talento que foi o que vimos não só no show, mas em todo seu processo de criação.

Dessa forma ela prova mais uma vez a estrela que é, trazendo consigo no Homecoming o que já tinha sido mostrado no seu último álbum Lemonade: talento, amor, versatilidade e representatividade, mostrando o porquê do seu sucesso e a importância de ser não só uma mulher na indústria musical, mas como ser uma mulher negra na indústria machista e racista dos EUA.

Por fim, para assistir o trailer, é só clicar aqui.

Homecoming: Beyoncé afirma a importância da representatividade negra em documentário da Netflix

Jornalista paraibana, se especializando em Neuromaketing e idealizadora de uma revista que vê no feminismo a esperança do mundo, lutando para que mulheres reconheçam seus espaços e se sintam livres.

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