Michelle Obama: Por que assistir o documentário “Minha História”?
A Netflix nos abençoou com o documentário “Minha História”, que retrata a turnê de lançamento do livro e história de Michelle Obama. E eu vou te contar o porquê você precisa assistir e também o que talvez você não tenha visto. Quer saber? Vem cá ler.
O documentário sobre Michelle Obama
Em primeiro lugar, todo mundo sabe que Michelle Obama é ex-primeira-dama dos Estados Unidos, mas poucos sabem que ela foi a primeira mulher negra a ocupar esse lugar. Ser primeira-dama já é um grande desafio, porém quando se é negra, essa responsabilidade se multiplica por 10.
O documentário “Minha História” não é apenas sobre uma turnê de autógrafos, é sobre mostrar sua história sob outra perspectiva. É sobre aprendizados, empoderamento, inspiração e representatividade.
O machismo e racismo da mídia americana
De 2009 a 2017, Barack Obama, marido de Michelle Obama, foi presidente dos Estados Unidos e o primeiro afro-americano a ocupar o cargo. Michelle sempre fez questão de colocar em pauta suas opiniões, por isso se manteve à frente das campanhas. Contudo, seu posicionamento não agradava a todos, portanto, se viu dentro de uma exposição racista e machista da mídia. Sempre sendo intitulada como a “negra raivosa”, a mulher que fala demais, a negra que odiava os Estados Unidos e por esse motivo a consideravam ignorante.
Posteriormente a todas essas situações, Michelle se viu tendo que mudar toda sua visão, sua forma de vestir e de se expressar para que os holofotes não virassem contra ela e assim atrapalhasse a candidatura de Obama. Por outro lado, sabe qual a lição que Michelle Obama tirou disso? Ela aprendeu a contar sua história e a sentir orgulho sobre isso.
Turnê do livro “Minha história”
Ao passo que Michelle Obama passava pelas cidades com sua turnê, ela lotava lugares. O que mais chama atenção é que a maioria do público era composto por mulheres negras, o que ressalta o que já conhecemos sobre representatividade. Michelle se dividia entre os autógrafos e as entrevistas, com muitas pessoas acompanhando cada resposta dela.
A todo momento ela fazia questão de falar sobre a nova construção da sua vida. Longe de toda pressão presidencial. Sem rótulos, sem regras de etiquetas, sem precisar medir as palavras. Ela realmente dá uma aula.
O mais interessante, é que das mais de 30 entrevistas, apenas uma foi mediada por um homem. Michelle busca sempre priorizar as vozes e espaços das mulheres, e na sua turnê não seria diferente.
Seu comprometimento com jovens negros
Durante toda a turnê, Michelle se dedicou a conhecer grupos de jovens negros que estavam prestes a ir para a faculdade. Em rodas de conversas, com trocas de perguntas respostas, Michelle mostrou toda sua sensatez e humanidade na hora de abordar preconceito, privilégios e inclusão. Afinal, para ela, os jovens são a geração do amanhã, e incentivá-los em um mundo racista, que descredibiliza seus esforços, é um ato de coragem e necessário.
Por fim, mas não menos importante, em resposta a uma estudante que pergunta sobre como ela lidou com a invisibilidade da mulher negra, ela é direta ao responder: “Essa invisibilidade começa aqui (apontando para si). Não podemos nos dar ao luxo de esperar que o mundo seja justo, para começarmos a nos sentir vistas. A gente tá longe disso. O tempo não vai nos permitir isso. Isso não vai acontecer com um presidente ou uma eleição. Então vocês têm que encontrar as ferramentas dentro de si, para se sentirem visíveis e para serem ouvidas e para usarem sua voz”.
Afinal, te convenci a assistir? Se sim, é só clicar aqui e ir direto para o documentário.