Women to Watch 2020: Ocupar espaços é criar referências
Miga, você sabia que anualmente acontece o Women to Watch? É um evento da comunicação que tem como propósito destacar a atuação efetiva e os trabalhos inspiradores realizados por mulheres ao redor do mundo. Idealizado pelo AdAge – Advertising & Marketing Industry News e no Brasil pela Meio e Mensagem, o evento trouxe em 2020, a missão de evidenciar a trajetória das mulheres que ressignificam a representação feminina nos espaços comunicacionais das organizações, majoritariamente masculinos, destacando seus trabalhos efetivos e referenciados na comunicação.
Onde estão as mulheres pretas?
Um estudo da Bain e Company em parceria com LinkedIn, revela que apenas 3% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. O dado não aponta o total de mulheres pretas evidenciadas nesse estudo, mas mesmo diante de um número tão baixo, ainda é preciso repensar e destacar essa atuação de forma interseccional e mais igualitária.
Women to Watch 2020
Entre os nomes protagonizados, o Women to Watch 2020 evidencia duas mulheres pretas:
1. Samantha Almeida: digital content, comunicadora e artista que atuou como head content na Ogilvy Brasil levando sua bagagem com experiência e conexões de marcas. Hoje dedica-se a compartilhar seus conhecimentos e trabalhos em um projeto pessoal.
2. Viviane Duarte: jornalista, CEO e fundadora do Plano Feminino, uma plataforma com a missão de ressignificar a forma de construir narrativas e conteúdos sobre mulheres.
A premiação ocorre no dia 15 de setembro, num evento online que contará com um ciclo de debates sobre a representatividade feminina nas corporações, bem como os desafios enfrentados.
Resiliência feminina na comunicação
Miga, não tem série melhor que ilustre o cenário da comunicação, que não Mad Men. Apesar da série representar a Publicidade nos anos 60, toda a masculinidade, estereótipo excludente e níveis hierárquicos desonestos podem ser facilmente detectados na atualidade e realidade de grandes corporações.
Como devemos nos posicionar?
- Incentivando mulheres a alcançarem seus objetivos;
- Apoiando o trabalho de uma empreendedora;
- Cobrando representatividade dos espaços de poder (e isso inclui a política);
- Divulgando informação para outras mulheres;
- Inspirando, ensinando e criando grupos de estudo e discussão.
Dia desses, em reunião, eu falava com Deh Bastos e Ana Laura sobre o Moving Black Girls e, de repente, soltei uma pérola: “Quando eu me vejo num espaço, sei que também posso chegar lá”. Essa frase ecoou em mim, desde então, porque o meu processo formativo foi todo de acreditar que mulheres pretas chegam no topo, virando referências e escrevendo suas próprias histórias. Por mais escasso que seja ver apenas dois nomes representados num grande evento, tanto a Viviane, quanto a Samantha são nossas realidades possíveis e, sem dúvidas, referências para mim e outras mulheres que atuam nesse meio tão excludente.
Miga, nessa de empreender não podemos nos esquecer no caminho, beleza?
Por fim, valorize sua trajetória, sonhos e se acredite mesmo. Sempre haverá alguém que vai se inspirar em você e te levar como uma referência de vida!