Será o fim das tendências?
Já não é novidade que a velocidade de informação na internet pode nos ajudar, mas também nos prejudicar, né, miga? Em outros momentos, falei sobre isso aqui no blog e reforço a mensagem de que é importante que você pondere tudo o que vê no mundo online. E muito além de ponderar, que você não se preocupe em absorver todo o tipo de conteúdo que vê pela frente, se tornando uma obesa mental. Alô, psi Andressa, não queremos nenhuma miga com Burnout, né?
Essa troca de informações e consumo de conteúdo na velocidade da luz tem nos tornado instáveis segundo a da indústria de comércio e serviços. Para as marcas, é muito difícil prever um comportamento do seu público ou de uma determinada tribo. Isso porque a velocidade de consumo de conteúdo digital não permite que tendências se perpetuem. As coisas estão acontecendo tão rápido, que só nos resta questionar: será o fim das tendências?
O que é tendência?
No dicionário, o significado de tendência é bem simples e objetivo:
“Disposição natural que leva algo ou alguém a se mover em direção a outra coisa ou pessoa; inclinação: tendência dos corpos para a terra; tendência à mentira. Evolução de alguma coisa num sentido determinado; orientação: os estilistas se pautam nas tendências mundiais. Propensão que orienta alguém a fazer ou realizar determinada coisa; vocação: ela tinha tendência para música. Direcionamento comum de um grupo determinado movimento.”
E é ao analisar o quando as pessoas estão mudando de humor, gostos e opiniões tão rapidamente, que podemos ver que talvez a nova, e possivelmente “última tendência” seja viver em um mundo sem tendências. E pensando pelo lado bom, isso pode ser ótimo, miga! Imagine o tanto de espontaneidade e originalidade que veremos por aí.
É possível entender que esse novo movimento vem justamente da horizontalização da informação. A centralização da cultura e educação para um grupo elitizado é coisa do passado. A informação se tornou democrática, o que nos fez mais questionadores e menos “dentro da caixa”. Dessa forma, a queda na popularidade de tendências e modismos se dá pela diminuição daqueles que seguem o fluxo sem se posicionar.
O antigo modelo de tendência ainda faz sentido para uma geração hiperconectada?
Você deve estar se perguntando sobre as tendências que vemos hoje em dia, como: o Tye-Dye e o K-Pop, por exemplo. E sim, elas são sim tendências e fazem parte de tribos. Mas, ao analisar as tendências, a velocidade com que as novas chegam substituindo as anteriores, podemos dizer que elas se tornaram mini tendências. Quando comparadas à velocidade de conteúdo e informação que vivemos hoje, elas se tornam minúsculas e por isso, impactam de forma mais consistente o grupo no qual está inserida. E quando não há um grupo crescente comprando, ela deixa de ser tendência.
Está cada dia mais raro ver tendências mundiais. Uma tendência só atinge a massa quando ela não é muito crítica, porém essa não é mais a realidade do mundo. Vale refletir: no passado (não tão distante) você já usou algo que não gostava tanto só por que estava na moda? Você hoje, com todo o seu conhecimento e posicionamento, usaria algo que não te agrada, só porque está todo mundo usando? É esse tipo de reflexão que está aproximando o fim das tendências.
A necessidade voraz de estar atualizado e na moda resultou em uma sobrecarga, tanto das pessoas quanto das marcas. Está clara a real dificuldade das marcas se reinventarem para fazerem parte do hype da vez. E as pessoas, sobrecarregadas com tantas coisas e informações, estão valorizando mais o “silenciar notificações”.
Logo, analisando o cenário de forma macro…
Fica difícil saber o que esperar do futuro na era da informação. Na luta da sobrevivência no mundo dos negócios e sem saber o que esperar dos consumidores, as marcas estão tentando a todo custo lançar tendências de todo o tipo. Não se trata só da moda, e sim lançar qualquer tipo de movimento que faça a marca ser aceita e fazer parte do hype do momento. Porém, nós consumidores estamos em outro momento e esse hype pode passar tão rápido que nem seja visto. Todavia, ruim para o mercado e bom para as pessoas, será mesmo o fim das tendências?