Emirados Árabes: Mulheres artistas – parte 2

Oi, miga! Cheguei para, antes de tudo, darmos continuidade à nossa conversa do post anterior. Aqui no post sobre as mulheres artistas nos Emirados Árabes – parte 2, vou te mostrar o outro lado da moeda da realidade para as artistas aqui.

Sendo assim, hoje te convido a vir comigo conhecer 5 mulheres emiratis artistas, cujas famílias aceitaram a interação delas com o meio artístico e algumas delas se tornaram pioneiras em suas áreas por aqui.

O outro lado da moeda: artistas emiratis

No post anterior, tivemos a história da minha querida amiga, jovem beduína, que acatou a decisão da sua família e se manteve longe do meio artístico.

Hoje, vim te mostrar mulheres emiratis que escolheram a arte e que, ainda assim, contam com o apoio da família para fazer o que amam.

1. Alia Al Neyadi

Alia Al Neyadi é a primeira bailarina profissional emirati. Filha de pai emirati e mãe russa, segue os passos dançantes de sua mãe, tendo iniciado aos cinco anos de idade.

A mãe de Alia veio aos Emirados nos anos 80. Na época, assim como a sua filha, era também bailarina, e veio através da companhia de ballet de Moscou, quando conheceu seu atual marido.

2. Yasmin Baker

Yasmin Baker é a primeira aerialista dos Emirados.

Quando fazia faculdade em Washington, nos Estados Unidos, descobriu a arte do tecido aéreo e mesmo tendo retornado ao seu país de origem, ainda assim pratica a arte.

3. Zahra Lari

Zahra Lari é a primeira patinadora emirati a competir internacionalmente e a primeira patinadora a competir vestindo o hijab (lenço que cobre os cabelos).

Ela inclusive já teve pontos descontados em uma das competições por usar o lenço, uma vez que a comissão julgadora considerou o hijab como uma parte não aprovada de seu figurino.

4. Nayla Al Khaja

Nayla Al Khaja é cineasta, sendo também a primeira diretora e escritora de filmes emirati; tornou-se pioneira em seu campo, assim como as artistas acima.

5. Salama Mohamed

Salama Mohamed é uma criadora de conteúdo e juntamente com o seu marido, Khalid al Ameri conquistaram a audiência mundial através de suas redes socias, com conteúdos informativos e de entretenimento.

Salama convive com o vitiligo, expondo o fato sempre de maneira natural e positiva, e dessa forma ajuda outras mulheres a lidarem com o problema.

Voir cette publication sur Instagram

Our marriage summed up in about 30 seconds 🤣♥️ @khalidalameri

Une publication partagée par Salama Mohamed | سلامه محمد (@salamamohamed) le 26 Août 2020 à 6 :12 PDT

O que as mulheres artistas dos Emirados Árabes nos ensinam?

Enfim, eu poderia escrever muito ainda apenas sobre as moving girls emiratis!

Existem muitas mulheres que estão desbravando territórios totalmente novos para elas aqui, com muita vontade de serem as escritoras das próprias histórias. Então miga, o fato é que não importa se usamos shortinho ou hijab, todas nós temos objetivos e planos.

Em conclusão, a arte aqui nos Emirados é vista com bons olhos e cada vez mais vemos mulheres emiratis artistas. Este é um grande sinal de avanço e de que o povo local está disposto a inserir cultura e arte no seu dia a dia. Mas tudo ao seu tempo, não podemos tentar acelerar o crescimento de um país que passa constantemente por tantas mudanças.

Em minha opinião, eles estão fazendo um ótimo trabalho de aceitação da inserção de outras culturas e artes nos Emirados, portanto é muito provável que tenham mais aceitação à carreira artística no futuro. Dessa forma, só posso esperar que cada vez mais as mulheres daqui tenham poder de escolha, que cada vez mais o país abrigue a arte, sem perder também as suas próprias raízes.

Eu falei que essa parte 2 do post sobre as mulheres artistas dos Emirados Árabes vinha cheia de notícias boas!

Miga, futuramente pretendo falar sobre uma arte um pouco mais delicada aqui: a dança do ventre, que é o meu campo de trabalho aqui nos Emirados. Quer saber como é ser dançarina de dança do ventre em um país muçulmano? Então, deixa um comentário aqui embaixo para eu saber se você tem interesse no assunto ou não.

Por último, mas não menos importante: aquele forte abraço da sua miga aqui do deserto.