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Pussy Riot

Pussy Riot: conheça esse grupo de ativistas russas

Priviet, miga! (Priviet é um jeito bem informal de falar “Oi”, em russo). Viu a palavra pussy e veio correndo conferir o que tá rolando, né?! kkkkk Esqueça a p*tari@, miga. Hoje você conhecerá mulheres que levam muito a sério o velho ditado: b*cet@s unidas jamais serão vencidas, assim como não medem consequências para dar voz a sua causa. Conheça o Pussy Riot (tradução: motim das b*cet@s), um grupo de ativistas russas composto só por mulheres.

Pussy Riot durante manifestação contra a prisão de membros do grupo.
Pussy Riot durante manifestação contra a prisão de membros do grupo. Foto: Reprodução do site do grupo.

Pussy Riot: o motim vai começar!

O motim das b*cet@s, é um grupo de punk rock e arte performática feminista com sede em Moscou, fundado em agosto de 2011 por 15 mulheres. Mas não vai achando que elas saem pelas ruas de Moscow com cartazes na mão, gritando por seus direitos. Ahhhh, miga, a ideia de protesto delas é BEM diferente. O grupo encena apresentações musicais não autorizadas em locais públicos. Assim, as performances são filmadas e imediatamente postadas na Internet. Da mesma forma que as apresentações, as músicas são autorais do grupo e abrangem temas como feminismo, direitos LGBT e oposição ao presidente russo, Vladimir Putin e suas políticas.

Essas Moving Girls ficaram internacionalmente conhecidas em fevereiro de 2012, quando cinco membros do grupo fizeram um show nada católico dentro da catedral mais famosa de Moscou, a Catedral de Cristo Salvador. Além das roupas chamativas, a música também não passou despercebida. O refrão da música dizia assim: “”Mãe de Deus, Virgem, afugente Putin / Expulse Putin, expulse Putin”. Como resultado, três membros do grupo foram condenadas a 2 anos na prisão por “vandalismo motivado por ódio religioso”. O vídeo dessa apresentação foi censurado, mas ainda sobraram as fotos. Olha a vibe do “show” na catedral:

Apresentação que tornou o grupo Pussy Riot internacionalmente conhecido (2012). Foto: Reprodução do site do grupo.
Apresentação que tornou o grupo Pussy Riot internacionalmente conhecido (2012). Foto: Reprodução do site do grupo.

As b*cet@as não se calam

Mas não pense que a prisão calou essas Moving Girls, porque quando a causa é forte, o projeto não morre. Em 2014, após todos os membros do grupo estarem em liberdade, Pussy Riot voltaram a atacar, ou melhor, a cantar. Teve apresentação nos Jogos Olímpicos de Inverno (2014), teve presença na Corte europeia dos Direitos Humanos (2014 e 2015), até final de Copa do Mundo (2018) a banda invadiu pra fazer protesto!

A última das Pussy Riot

Mas elas não pararam por aí! O último bafão do grupo foi no dia 28 de novembro de 2020. O protesto pacífico tinha o objetivo de chamar a atenção para os vários casos de prisão de manifestantes no ano de 2019. Durante a dispersão de manifestações na capital russa em 2019, alguns jogaram copos e garrafas plásticas na polícia. E foram presos por isso. E continuam na prisão por isso.

Gif: Wait. What?

No protesto performático protagonizado por duas integrantes do Pussy Riot, com roupas folclóricas russas tradicionais, as migas amarraram o artista Farhad Israfilli-Gelman, que usava uniforme de policial da tropa de choque, a um poste de luz com fita adesiva. O protesto aconteceu em uma praça bem famosa em Moscou, olha só!

Como, de acordo com a lei russa, qualquer protesto maior do que uma pessoa é ilegal, a menos que autorizado com antecedência pelas autoridades, uma das Pussy Riot foi presa, mas dessa vez “só” por 20 dias.

Se você tem uma causa…

Em seu site, o grupo afirma que “nossas performances são uma espécie de atividade cívica em meio às repressões de um sistema político corporativo que direciona seu poder contra os direitos humanos básicos e as liberdades civis e políticas.” As Pussy Riot são prova viva de que ter uma causa que move um projeto é o ponto central para que ele continue seguindo em frente, apesar dos perregues. Ou seja, se você tem uma causa, ninguém te segura! E você, miga, até onde iria por sua causa?

Se você quiser conhecer outras Moving Girls russas que não mediram esforços por suas causas e construíram um império através do empreendedorismo, vem comigo!

Então, nos vemos em breve. Paka Paka (tchau tchau)!

Genises Azevedo, mas pode me chamar de Gê. Psicomotricista, especialista em Consciência Corporal e estudante de Medicina. Correspondente Moving Girls diretamente do interior da Rússia.

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