Estados Unidos: Black Friday em tempos de pandemia
Hello, miga, tudo bem? Eu espero que sim! Enfim, chegamos no penúltimo mês do ano de Jumanji (quem assistiu a esse filme, vai entender a referência, rs). E com isso, está chegando também a famosa Black Friday, um dia muito esperado por muitas pessoas que querem fazer suas compras com descontos e promoções.
Bom, mas será que com toda essa loucura de Covid, ainda vai ter Black Friday esse ano?
Antes de tudo, digo que a resposta é sim, pelo menos por aqui! E hoje eu vou te contar as supostas origens do termo “Black Friday” e como as empresas aqui nos Estados Unidos estão se organizando para esse evento anual.
A origem desse grande dia de promoções tem várias versões que, incrivelmente, se relacionam entre si. Vamos a elas?
1. Primeira versão – Wall Street
O termo Black Friday foi usado pela primeira vez no ano 1869, mais precisamente no dia 24 de setembro, quando dois grandes empresários de Wall Street criaram uma crise financeira, quebrando o mercado de ouro dos Estados Unidos.
Jay Gould e Jim Fisk decidiram comprar o máximo possível do ouro da Nação, na esperança de elevar os preços (lei da procura e da demanda), e vendê-lo com lucros absurdamente altos. Essa compra gigantesca de ouro levou o mercado de ações à queda livre e todos à falência, desde empresários de Wall Street até fazendeiros.
Após um ano inteiro operando “no vermelho” (ou seja, com prejuízo), as lojas poderiam ter um suposto lucro (voltando para o saldo positivo, escrito em preto nos registros financeiros) no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças (Thanksgiving) dos Estados Unidos. Isso porque os clientes gastam muito dinheiro com produtos em promoção nos feriados.
O termo é justificado, portanto, porque o departamento financeiro das empresas costumava registrar prejuízos em vermelho e lucros em preto ao fazer a contabilidade. Esta versão da origem da Black Friday é a história oficial, porém imprecisa, por trás da tradição.
2. Segunda versão – Escravos
Nos últimos anos, surgiu outra origem que deixa a história horrível. Nos anos de 1800, os proprietários de plantações no Sul do país podiam comprar escravos com desconto no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças.
Esta versão da história levou pessoas a tentarem boicotar esse grande dia de compras, por razões óbvias né, miga? Mas não existem registros de que esta versão tem base real.
3. A suposta verdadeira versão – Filadélfia
Dizem que a real história por trás da Black Friday não é tão maravilhosa como as lojas nos fazem pensar que é. Esta versão conta que na década de 1950, a polícia da cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos, usou o termo para descrever o caos que aconteceu no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças.
Nesse dia, multidões de pessoas (compradores e turistas do subúrbio) invadiram a cidade antes do grande jogo de futebol do Exército contra a Marinha, que era realizado todos os anos no mesmo sábado do mês de novembro.
Os policiais não puderam tirar o dia de folga e ainda tiveram que trabalhar horas extras para lidar com as multidões e o tráfego na cidade.
Inclusive, algumas pessoas tiraram proveito da confusão nas lojas para fugir com as mercadorias, o que aumentou ainda mais o trabalho da polícia.
Em 1961 o termo “Black Friday” se popularizou na Filadélfia
Os comerciantes tentaram, sem sucesso, mudar o termo para “Big Friday” a fim de remover as conotações negativas da história. No entanto, em algum momento do final da década de 1980, os comerciantes encontraram uma maneira de reinventar a Black Friday e transformá-la em algo positivo.
O resultado foi a versão “do vermelho para o preto“, que eu contei anteriormente, e a ideia de que o dia seguinte ao Dia de Ação de Graças marcou a ocasião em que as lojas dos Estados Unidos finalmente tiveram lucro.
A versão mais negativa da Filadélfia sobre a Black Friday foi esquecida e, desde então, o tão esperado dia das ótimas promoções e descontos se transformou em um evento de quatro dias (Black Friday, Saturday, Sunday aaaaaand Cyber Monday – destinado apenas para compras online).
As lojas estão abrindo cada vez mais cedo e, aqui nos Estados Unidos, existem lojas que abrem na quinta-feira à noite, logo após o jantar de Ação de Graças.
Mas agora, vamos ao que interessa!
Black Friday durante a pandemia do Covid
Sabemos que a pandemia ainda não acabou e alguns países estão voltando ao isolamento, pois os casos estão aumentando demais, mas e aí: vai ter Black Friday esse ano ou não?
Bom, pelo menos nos Estados Unidos vai ter, inclusive, já está tendo!! Explico.
Para evitar a aglomeração de muitas pessoas, praticamente todas as lojas estão fazendo o mês inteiro de novembro de promoções. O “Black November” que fala.
O site oficial da Black Friday nos Estados Unidos já conta com vários anúncios de promoções de inúmeras lojas e marcas.
Varejistas tentam atrair clientes com segurança
Durante a temporada de compras desse fim de ano, com a pandemia do Coronavírus, os varejistas estão aumentando os dias de promoções para lucrar com as vendas antecipadas online e oferecendo delivery e entrega da mercadoria na calçada.
Nesse sentido, as empresas locais também estão oferecendo promoções de compras inovadoras, incluindo horários de compras pré-reservados e brindes.
Na verdade, as ofertas da Black Friday iniciaram antes mesmo do Halloween, comemorado no dia 31 de outubro. Como ainda estamos no meio da pandemia, os varejistas nacionais e locais adotaram estratégias alternativas para as compras de fim de ano durante o coronavírus para manter os compradores e funcionários seguros.
“Primeiro, eles estão enfatizando suas opções online, incluindo entrega na calçada. Em segundo lugar, e talvez mais importante, eles estão expandindo suas vendas da Black Friday para mais cedo esse ano”
Steve Horwitz, professor de economia na Ball State University
Como resultado, Target, Best Buy, Walmart, Dick’s Sporting Goods e Macy’s estarão todos fechados no Dia de Ação de Graças. E a maioria das lojas enfrentará restrições de capacidade, o que colocará um fim às longas filas e grandes multidões no dia seguinte.
“Ainda encontraremos grandes descontos no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças. Mas para 2020, a Black Friday não é o pontapé inicial oficial para a temporada de compras natalinas. Já está em andamento assim como estão as promoções.”
disse Sara Skirboll, especialista em varejo e compras da RetailMeNot.
Mudança de planos da Black Friday para o “novo normal”
O Amazon Prime Day deu início às promoções na segunda semana de outubro. De acordo com dados da empresa de pesquisa Edison Trends, as compras no site da Amazon aqui nos Estados Unidos aumentaram 36% em comparação com o Prime Day em 2019.
Esses números devem tornar o Amazon Prime Day o principal dia de compras durante os últimos três meses de 2020. O sucesso do Prime Day impulsionou outros varejistas que também lançaram super vendas mais cedo esse ano. A Macy’s anunciou que começaria as vendas da Black Friday imediatamente após o Halloween.
Da mesma forma, as promoções da Black Friday da Target estarão online e nas lojas durante todo o mês de novembro, e oferecerá “descontos de uma semana e promoções digitais todos os dias” a partir de 1º de novembro e vão até dezembro.
O Walmart reformulou a ideia da Black Friday e distribuiu as promoções de um único dia para três eventos de vários dias ao longo do mês de novembro. Este evento oferecerá grandes descontos online antes que as vendas estejam disponíveis nas lojas.
Além disso, para incentivar os clientes a fazerem o distanciamento social e a comprarem online, os descontos da Black Friday do Walmart estão disponíveis no site três dias antes de estarem disponíveis na loja.
“Fomos muito atenciosos ao planejar o evento deste ano. Ao divulgar as ofertas em vários dias e disponibilizar as ofertas mais interessantes online, esperamos que a experiência da Black Friday em nossas lojas seja mais segura e gerenciável para nossos clientes e funcionários.” disse, Scott McCall, vice-presidente executivo e diretor de merchandising do Walmart.
E como será o Black Friday na sua empresa, miga?
Espero que você tenha gostado desse post, miga. E que ele tenha te inspirado a pensar em meios diferentes para criar sua própria versão da “Black Friday” para os seus clientes.
Inclusive, se você quiser saber mais sobre como o termo “Black Friday” tem repercutido atualmente, eu te sugiro esse post.
Um beijo miga, e até a próxima.
Byeeee!