Sophia Amoruso: de CEO à autoridade
Não há uma mulher empreendedora que não tenha ouvido o termo girlboss. Isso porque a Netflix lançou uma série com esse nome em 2017, em que conta a história de Sophia Amoruso frente à Nasty Gal, um dos maiores e-commerces de roupas e acessórios do mundo.
As dificuldades de uma jovem ambiciosa
Sophia Amoruso, que já foi considerada uma das mulheres mais jovens a fazer fortuna por conta própria em 2016, não teve uma vida regada de privilégios. Em primeiro lugar, a norte-americana começou a trabalhar aos 15 anos no Subway. Além disso, trocava de emprego como quem troca de roupa (curioso, né?).
Logo após o divórcio dos seus pais, Sophia decidiu morar sozinha. Consequentemente, aos 17 anos, ela viveu uma aventura e tanto. A jovem viajou pela costa oeste dos EUA, comendo restos de comida do lixo e realizando pequenos furtas, até que foi detida por causa de um deles.
“Para mim, foi uma grande lição. Não me orgulho do que fiz, mas era importante para aprender. Sempre aprendi com os meus erros e consegui isso trabalhando duro”, conta Sophia Amoruso em entrevista à Época, em 2015.
Aos 22 anos, a jovem começou a trabalhar na Academia de Artes da Universidade de São Francisco. No entanto, como o trabalho era tranquilo, Sophia gastava seu tempo livre navegando na internet. Como resultado, abriu uma loja no e-bay despretenciosamente, sem saber que ela viraria um ícone do empreendedorismo feminino tempos depois.
O começo de uma nova vida
Segundo o portal Hypeness, “no começo, era Sophia quem fazia tudo, algumas vezes com a ajuda da mãe. Garimpava os produtos, lavava e passava todas as roupas, tirava as medidas, fotografava, tratava as imagens e cuidava das negociações e envio dos produtos”.
Gradualmente a empresa de Sophia foi crescendo, até chegar ao marco de contratar 350 pessoas e abrir duas lojas físicas no metro quadrado mais disputado de Los Angeles. Foi por conta desse sucesso que, em 2015, Sophia lançou seu livro intitulado #Girlboss, contando sua trajetória em um misto de autoajuda e bussiness.
O inesperado acontece
O que aconteceu depois disso não foi nada fácil para nossa Sophia. Em 2016, a marca Nasty Gal declarou falência. Entretanto, a marca valia milhões de dólares e foi vendida para uma empresa britânica em 2017.
Como boa empreendedora, Sophia fundou em dezembro do mesmo ano a Girl Boss Media, uma empresa que cria conteúdo editorial para o público feminino. No entanto, em dezembro de 2019, dois anos depois, Sophia vendeu a empresa para Attention Capital, uma nova holding de mídia. Mesmo assim, ela permaneceu como CEO.
O que ninguém esperava é que em julho deste ano, Amoruso declararia, através de uma postagem no seu instagram, sua saída definitiva da empresa. Confira:
Em seu post nas redes sociais, Sophia descreve:
“2020 tem sido literalmente um mundo de dor para a maioria de nós, de alguma forma, forma ou formato. Para Girlboss, COVID foi uma colisão frontal e de alta velocidade.
O negócio Girlboss conta com duas coisas para gerar receita: eventos e marcas que patrocinam esses eventos. Sim, também hospedamos podcasts, enviamos boletins informativos e somos altamente visíveis nas redes sociais, mas a maioria de nossas parcerias de marca também se baseia em alguma integração com o Girlboss Rally.
Manterei a maioria dos detalhes para o próximo livro, mas, basicamente, tudo se resumia a isso: tínhamos uma alta parceria de oito dígitos, com outros acordos que já tínhamos fechado. Então BAM. COVID bateu. Receita dizimada.”
Ainda na sua postagem, Sophia lançou “uma pequena carta de amor/boletim que espera que seus seguidores assinem”. O que esperamos disso? Muitas doses de empreendedorismo, dinheiro, produtividade e marketing, claro!
Uma nova Girl Boss, uma nova Sophia Amoruso
Nao há dúvidas de que Amoruso conquistou autoridade com seu nome. Como resultado de uma vida de lutas, a empresária já passou por poucas e boas, tem experiência, bagagem e conhecimento suficiente para viver a partir do que já construiu.
É assim que funciona a autoridade, a propósito. Você gera essa percepção nas pessoas. A consequência disso? Liberdade para viver uma vida apegada ao seu CPF.
Aliás, alguém tem alguma dúvida de que Sophia logo, logo vai lançar alguma coisa com seu nome? Eu mal posso esperar!