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Cultura tóxica: O que é e como combater?

Em um post anterior, conversamos sobre o que é cultura organizacional e que sinais apontam para uma cultura fraca. Vimos que uma empresa não tem uma cultura, ela é a própria cultura. A cultura é a essência da organização, logo compreende-se a real necessidade de fortalecê-la. Mas o que fazer quando essa essência se torna tóxica? É exatamente sobre isso que nós vamos conversar neste post: o que é uma cultura tóxica e como combatê-la. Vem conferir!

O que é cultura tóxica?

Antes de tudo, se você leu o post anterior, já sabe que a cultura de uma organização é o conjunto de hábitos, comportamentos, linguagem, crenças, valores e políticas que a compõem e que tudo isso reflete diretamente na conduta dos colaboradores e no clima da empresa. Quando esse conjunto de padrões é positivo, a tendência é que o ambiente organizacional também seja. Sob o mesmo de vista, quando esse conjunto de padrões traz consigo elementos negativos, como, por exemplo: fofocas, comunicação agressiva e competição em excesso, a tendência é que o ambiente organizacional se torne tóxico.

Uma cultura tóxica pode causar danos irreversíveis tanto à empresa quanto à saúde física e mental das pessoas que fazem parte dela. Diante disso, cabe aos gestores buscar formas de evitar e combater esse mal.

7 passos para combater a cultura tóxica

Mudar a cultura de uma empresa não é nada fácil, contudo não é impossível, desde que isso se torne uma prioridade para equipe.

1. Avalie a sua cultura

Todo o processo de mudança deve partir da compreensão do que deve ser mantido, eliminado ou adotado.

2. Conscientize a equipe

A mudança não acontecerá se todos os colaboradores não estiverem dispostos a contribuir. Para isso, eles precisam estar cientes dos porquês.

3. Projete a nova cultura

Estabeleça tudo que precisa ser colocado em prática e faça disso uma meta para a empresa. Não esqueça de incluir os colaboradores nesse ínterim. É muito importante entender a visão deles e estimular para que também apontem soluções.

4. Deixe os novos princípios explícitos

Busque maneiras de tornar visível a todos tudo o que for estabelecido, para esclarecer as dúvidas e favorecer a internalização.

5. Faça mudanças no quadro, se necessário

Você precisa de pessoas que estejam alinhadas à nova cultura, portanto, admissões e demissões podem fazer parte desta realidade.

6. Monitore o processo de implementação

É muito importante acompanhar de perto o processo de estabelecimento da nova cultura, para observar se o que está sendo executado surte os resultados que eram esperados.

7. Reconheça e valorize até as pequenas mudanças

Por fim, reconheça o esforço de todos e valorize até os menores progressos. Isso cria um clima positivo e incentiva todos a buscarem cada vez mais bons resultados.

Mudar a cultura tóxica de uma empresa não é fácil, mas, definitivamente, mais difícil ainda é permanecer com ela.

E se a cultura tóxica não for combatida?

Quando a empresa se omite mediante a identificação de uma cultura tóxica, a tendência é que ela se direcione para um ambiente intragável marcado pela insatisfação dos colaboradores, queda no desempenho, alta rotatividade e presença de conflitos, podendo chegar inclusive a motivar e “normalizar” comportamentos tóxicos extremos, como os que vou te apresentar a seguir.

Ataque de raiva na Samsung

Em 2012, uma inspetora de produção da Costech Engenharia Ltda. foi indenizada por danos morais em R$ 10 mil após a comprovação de assédio moral praticado por um gerente da empresa Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda. A colaboradora foi atingida no rosto por celular durante um surto de raiva do gerente de qualidade da empresa em questão. Isso aconteceu logo após ter recorrido ao mesmo para reportar que havia identificado defeitos em um dos aparelhos de telefonia que estavam na linha de montagem.

Comportamentos discriminatórios no Hipermercado Atacadão

Em agosto deste ano, uma auxiliar de cozinha foi vítima de racismo e intolerância religiosa em uma unidade do Atacadão, hipermercado pertencente grupo Carrefour, na Zona Oeste do Rio. A mulher foi discriminada pela cor da sua pele. O Ministério Público do Trabalho afirmou que a ex-funcionária foi surpreendida com a frase “só para branco usar” escrita em um avental.

Pressão excessiva no Banco do Brasil

Em 2017, o Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região – Piauí (TRT/PI) condenou o Banco do Brasil a pagar R$ 5 milhões por danos morais coletivos pela prática de assédio moral estrutural. De acordo com o Ministério Público do Trabalho do Piauí, a pressão desencadeou doenças nos funcionários. Alguns afirmaram estar recorrendo a remédios controlados para conseguir trabalhar e outros chegaram até a antecipar a aposentadoria.
 

Constrangimento de colaboradores na Ambev

Em 2011, a Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho estipulou à Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) o pagamento de R$ 25 mil de indenização por dano moral a um ex-vendedor da empresa. Entre outras atitudes praticadas pela empresa, o órgão destacou que os vendedores que não atingiam as metas de vendas eram obrigados a deitar dentro de um caixão, que representava um profissional morto. Além disso, eram rotulados de incompetentes e, às vezes, representados por ratos e galinhas enforcados na sala de reuniões.

Máscara para adentrar na cultura tóxica
Você depois de ler sobre essas culturas tóxicas.

É assustador pensar como a cultura de uma empresa pode fugir do controle dessa forma, né?

Em síntese, uma cultura tóxica pode influenciar negativamente tanto no ambiente interno da empresa quanto na percepção que o mercado e os consumidores têm sobre ela, portanto, miga, cabe a você não permitir que esse clima se instale no seu negócio.

Tchau, até o próximo post e não esquece de comentar aí embaixo o que achou.

Uma administradora apaixonada por gestão e educação, que une essas duas coisas com o objetivo de desenvolver pessoas e, consequentemente, organizações, para que estas se tornem mais eficazes, humanas e competitivas.

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